domingo, 4 de junho de 2017

O hábito da poupança


Napoleon Hill foi um escritor americano famoso na área de realização pessoal no século 20. Ele estudou as características comuns nos hábitos e nas personalidades dos homens que triunfaram em sua época, como Andrew Carnegie, John D. Rockfeller e Thomas Edison e as publicou em seus livros para que pudessem ser desenvolvidas por quem desejasse. Em um de seus livros mais famosos, A Lei do Triunfo, ele dedica um capítulo inteiro para falar do hábito de poupar. O que mostra que poupar era um hábito dessas pessoas.

Separei alguns significados bem interessantes da palavra poupar: Despender com moderação; economizar, evitar, tratar com indulgência; não fazer mal a, pôr a salvo; subtrair, viver economicamente; evitar despesas; economizar,. proteger-se (de esforço, incómodo) e esquivar-se (a coisa desagradável). Em momentos de crise econômica como a que estamos vivendo no Brasil, em que muitos trabalhadores estão ficando desempregados e com dificuldade de se recolocar no mercado de trabalho, o tema é bem relevante.

Por outro lado, aqui no Brasil não temos o hábito de poupar e o pior, muitas vezes isso é visto como algo ruim. Crescemos escutando frases do tipo "Pra que guardar dinheiro? A gente não leva nada para o caixão. E se eu morrer amanhã? Caixão não tem gaveta". Além disso quem guarda dinheiro é taxado de avarento e mão de vaca. Mas e se não morrermos amanhã?
  
Poupamos muita coisa na vida, sacrificando alguma coisa no presente para alcançar algo grande no futuro. Poupamos tempo de prazer trabalhando em algo que nos trará experiência, resultado e retorno financeiro. Para se formar é necessário poupar tempo de diversão com muito estudo e esforço. Quando fazemos uma dieta alimentar nos privamos de algumas comidas saborosas para termos mais saúde no futuro. Guardar dinheiro segue a mesma lógica.

Quando poupamos nossa renda, nos protegemos das oscilações da economia, dos altos e baixos do mercado e tomamos decisões na carreira de forma mais livre. Sem se importar com a falta do salário no final do mês. E criamos condições para comprar ou reformar uma casa e investir em empreendimentos pessoais.
 
Muita gente não poupa por falta de conhecimento, de educação financeira e pela falta da metodologia correta de gerenciar as finanças. Por isso acabam vivendo no modelo "desejar, comprar a prazo no crédito e pagar juros", no lugar do modelo "investir, aumentar o capital ganhando juros e comprar à vista com desconto".

Mas como poupar se não sobra nada no final do mês? A poupança está muito mais relacionada com a criação de um hábito e um modelo mental do que com ter dinheiro sobrando. Diferente de investir que está mais relacionado com o conhecimento técnico de onde buscar o melhor rendimento dentro das opções do mercado. Para ensinar o hábito da poupança eu recomendo três livros: Pai Rico e Pai Pobre, O Homem mais Rico da Babilônia e Os Segredos da Mente Milionária. O que eles tem em comum é que todos ensinam que uma poupança é construída principalmente com o hábito de guardar uma pequena porcentagem do salário todo mês durante muitos anos.


 

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Tempo de resposta



Por que uma pessoa parece enrolada? Creio que um profissional demora para atender a uma solicitação por dois aspectos, ou ele está inseguro ou está muito ocupado. E quem não gosta quando uma pessoa nos da respostas rápidas e objetivas? Que nos atende quando precisamos? 

Me lembro de um mestre de obras que me fascinava pela disponibilidade que ele tinha para nos atender. Entregava rápido o que lhe era pedido, apesar de ter tantas coisas para fazer. Por outro lado, havia um outro profissional que normalmente não conseguia atender a tempo o que lhe era pedido. Esse último também era um ótimo profissional, mas havia um desequilibro com uma ou com as duas características citadas acima. 

A segurança é conquistada com muita preparação para a função desempenhada. A experiência possibilita o desenvolvimento desse requisito. Quando se trabalha muito tempo em uma mesma função, naturalmente se desenvolve um rápido tempo de resposta. Mas normalmente, devido às mudanças do mundo corporativo, o profissional tem que se diversificar e atuar em funções diferentes. Com isso o seu tempo de resposta é reduzido, o que pode soar como insegurança. Mas por outro lado, fazer coisas diferentes aumenta a empregabilidade do profissional. Além de trazer uma série de benefícios para a empresa e para a pessoa. Nesses casos, quando se inicia uma atividade nova, é necessário mergulhar de cabeça para se conseguir um nível mínimo de segurança em um curto período de tempo. 

A disponibilidade é conseguida com uma boa organização do tempo, planejamento das tarefas, disciplina, foco e autoconhecimento. É necessário se conhecer para saber em quanto tempo conseguirá responder às demandas que nos são solicitadas. É necessário também saber dizer não quando não puder ajudar. E finalmente, é necessário renunciar a algumas oportunidades para não comprometer o seu tempo de resposta e a sua performance nos projetos já em andamento. Para quem gosta de fazer várias coisas, esse último item talvez seja o mais difícil. Ele deve ser compensado por meio do desenvolvimento dos pontos citados na primeira frase desse parágrafo. Ou seja, com mais disciplina e organização do tempo é possível aumentar a produtividade e realizar mais coisas. 

Saber se posicionar e estar preparado para as demandas que surgem todos os dias é um grande diferencial para um bom profissional. E você como se organiza para não parecer uma pessoa enrolada? 

sábado, 11 de junho de 2016

0 dias sem acidentes




Nas boas empresas a segurança do trabalho é tratada com seriedade. Nas multinacionais se um acidente acontece em uma unidade da China por exemplo, ele é repercutido negativamente em todas as outras unidades. Podendo até mesmo impactar o valor financeiro de alguns benefícios pagos aos funcionários. Nelas existe uma cultura de prevenção de acidentes. Departamentos de saúde segurança e meio ambiente desenvolvem regulamentos e fiscalizam a sua aplicação. As informações são insistentemente transmitidas a todos os funcionários. Estes são incentivados a multiplicar essa cultura e a questionar a execução de trabalhos quando percebem que são inseguros.

Não importa o motivo para tanta preocupação. Talvez para não perder produtividade, talvez para que essas empresas possam participar de fundos de investimentos mundiais cujos requisitos sejam a segurança ou talvez para evitar as multas aplicadas pelo ministério do trabalho. O que importa é que para as empresas sérias isso funciona. Por isso elas exibem em suas unidades, logo na entrada, uma placa informando a quantidade de dias trabalhados sem acidentes com afastamento.

Por outro lado os atos de violência em nosso país são tratados de forma bem menos organizada. Poderíamos chamar de assassinatos com afastamento. Eles ocorrem com tanta frequência que falta espaço no noticiário diário para reportar tanta tragédia. Existem até programas de TV específicos para noticiar as barbáries. E na maioria das vezes assistimos passivos a tudo isso. Sem mudar em nada o curso normal de nossas vidas. A menos que aconteça com alguém próximo a nós.

A nossa placa de acidentes, ou melhor, de assassinatos com afastamento nunca saiu do zero. Ela é zerada todos os dias. As empresas já passaram por momentos assim no início da industrialização, onde as condições de trabalho eram piores e os acidentes mais tolerados. Comparando com países como Canadá e Japão, onde a taxa anual de homicídio por 100 mil habitantes é menor que 2, tenho a sensação que eles evoluíram enquanto nós seguimos vivendo nas condições da revolução industrial. Sem saber o que fazer para mudar esse quadro.


Como acontece nas empresas, entendo que deveríamos ser impactados por cada crime ocorrido na grande organização que fazemos parte e chamamos de país. Quem sabe uma paralização geral no dia seguinte a cada ato violento ou um pronunciamento do presidente? Não sei. Mas deveria ser algo que nos causasse um incômodo. Assim seriamos forçados a trabalhar na solução da diminuição da violência no nosso país. 

sábado, 30 de abril de 2016

Die with your boots on


"Die with your boots on" é uma expressão inglesa que se refere a morrer enquanto está na ativa. Lutando. Em português seria algo como "morrer de botas". Implica que não se desistiu aguardando a morte chegar.

Fontes dizem que a origem vem do velho oeste americano do século 19. Se referia aos cowboys que morriam na batalha.

Trazendo para a realidade do mundo corporativo, vivemos hoje um momento de crise econômica. Muitas pessoas estão sendo demitidas. Pessoas próximas a nós. Isso cria um clima de insegurança e desânimo. Nessas horas os naturalmente pessimistas ganham força com seus discursos desanimadores. A produtividade cai e a criatividade necessária à condução das mudanças e das soluções não aparece. 

As pessoas vão para o trabalho imaginando que aquele poderá ser o dia da sua demissão. Acabam gastando seu tempo em rodas de fofoca esperando pela nova profecia do apocalipse. 

E tudo isso me lembra a música "Die with your boots on" do Iron Maiden! Se você vai morrer, morra com as botas! No campo de batalha! Procure alternativas para a sua vida e para a sua empresa. Esqueça as profecias. Você também é responsável por fazer elas acontecerem. As suas ações podem mudar tudo!

Não vem ao caso perguntar quando vai ser. Não vem ao caso procurar a quem culpar. Se for para acontecer vai acontecer. Por isso se mova, Estude. Trabalhe. Viva um dia de cada vez e faça seu melhor.

Deixo adiante o link para a letra e o video da canção que motivou o texto. Cos if you're gonna die...!

http://www.vagalume.com.br/iron-maiden/die-with-your-boots-on-traducao.html








sexta-feira, 8 de abril de 2016

A Carreira Técnica dos Atores



Como construir uma carreira técnica bem sucedida em uma organização? Para tentar elucidar essa questão fiz uma análise da condução da carreira de ator, que considero técnica e valorizada. Médicos, advogados, bons professores e orientadores acadêmicos, também são bons modelos de profissionais da área técnica valorizados.

Antes, seguem minhas percepções sobre as carreiras técnicas e gerenciais:

Carreira técnica: Salários menores, variação horizontal, evolução lenta, menos status, falta de conhecimento sobre as possibilidades da carreira, profissional acomodado, submisso.

Carreira gerencial: Maiores salários, crescimento rápido, evolução vertical na hierarquia organizacional, mais status, mais informações sobre como evoluir na carreira, profissional automotivado, líder.

Na carreira de ator, não me parece ser comum a busca por cargos gerenciais, como de superintendente, diretor, planejador ou coordenador dentro de uma emissora de TV por exemplo. Os atores são focados nas suas carreiras técnicas de interpretar e representar personagens. Buscam se aperfeiçoar tecnicamente para crescer nessa carreira assumindo diferentes papeis em filmes e novelas. São talvez mais importantes para a emissora de TV do que os próprios administradores. Da mesma forma acontece com os médicos, creio que a maioria busca exercer a medicina e não administrar hospitais.

No mundo coorporativo, por outro lado, não é raro encontrarmos profissionais com o dilema entre seguir a carreira técnica ou a gerencial. Profissionais da área técnica que deveriam passar seu tempo se especializando, contribuindo e desenvolvendo suas habilidades, acabam se dispersando em busca da carreira gerencial. Isso acontece devido ao conceito negativo que existe com relação à carreira técnica e que já foi descrito no início do meu texto.
Esse cenário é prejudicial ao profissional, que acaba tendo uma carreira mal sucedida, e à sociedade, que deixa de produzir conteúdo técnico e cientifico que podem melhorar a qualidade de vida da população.

Segue finalmente a análise da condução da carreira de ator que pode nortear de forma comportamental os profissionais da área técnica: Fazem bons relacionamentos, participam de eventos sociais, programas de televisão e entrevistas para se manter em evidencia e conseguir bons papeis. Buscam evoluir na carreira passando de atores coadjuvantes, com papeis menos importantes para atores com papeis mais desafiadores até finalmente se tornarem protagonistas. Possuem postura de liderança, influenciam e desenvolvem de atores mais novos. São ótimos comunicadores, pois, além de atuar, precisam explicar seus papeis em entrevistas e programas de TV. Se preocupam com a imagem e com as roupas que vestem.

Atores são, portanto técnicos valorizados que não passam o tempo todo preocupados em assumir cargos financeiros e administrativos dentro da emissora. Assim também deveriam ser os que optam pela carreira técnica dentro das empresas. Deveriam ambicionar o desenvolvimento profissional e serem valorizados tanto quanto alguém que administra o negócio. 

sábado, 11 de julho de 2015

A Empresa Perfeita


A empresa perfeita era enxuta e todos os funcionários sabiam exatamente qual era o seu papel dentro da organização. Nela trabalhavam somente pessoas motivadas e qualificadas para exercerem suas funções. O organograma era simples e funcional. Composto somente das áreas estritamente necessárias para o seu funcionamento, era conhecido e entendido por todos.

Os horários de entrada e de saída eram flexíveis. Era permitido sair no meio do expediente para acompanhar o filho no médico, fazer exames preventivos ou resolver problemas pessoais, pois as pessoas trabalhavam para cumprir metas e não para cumprir horário.  Dessa forma os resultados não eram comprometidos. Os gestores transmitiam feedbacks transparentes e sinceros. A conquista dos resultados eram comemoradas e celebradas até mesmo com remunerações extras e não somente com “um tapinha nas costas”.

As férias podiam ser gozadas da forma que quisessem no período que quisessem, ou seja, por 30 dias corridos ou distribuídas ao longo do ano. Sempre alinhando as necessidades da empresa com as necessidades da família.

Além dos benefícios comuns como planos de saúde, participação nos lucros e previdência privada, havia uma creche dentro da empresa para que as mães ou os pais pudessem manter seus filhos recém-nascidos próximos a eles. Também era disponibilizada alimentação gratuita o dia inteiro. Além disso, a empresa incentivava e facilitava a compra de suas próprias ações, tornando cada funcionário realmente dono do negócio.

Os funcionários eram promovidos por meio de procedimentos claros e objetivos. Os diálogos eram muito transparentes. Dessa forma, cada um sabia exatamente como e porque alguém havia subido de cargo. Assim, o progresso dos colegas era valorizado e servia de inspiração. Todos se sentiam felizes e confortáveis sabendo que alguém capacitado estava atuando em um cargo que trará resultados positivos para todos na organização. Os salários eram compatíveis com as necessidades das pessoas e do cargo. 

Havia um centro de treinamento que oferecia cursos de capacitação.  Nele todos podiam se inscrever quando quisessem para o curso que quisessem. Do faxineiro ao diretor. Eles não eram oferecidos apenas a um grupo restrito de privilegiados. Inclusive os próprios funcionários eram incentivados a ministrar os cursos para os quais eram capacitados.

Os funcionários eram responsáveis, comprometidos e cumpriam a maioria das suas metas. Quando viam que não iriam conseguir cumpri-las, informavam ao gestor antecipadamente. Dessa forma ele lhes fornecia os recursos necessários para o seu cumprimento.  Não faziam fofocas, não sentiam inveja, não conspiravam contra a empresa.  Pelo contrário, eram gratos pela função que ocupavam. Possuíam um grande nível de autoconhecimento. Refletiam sobre seus papeis no mundo e na empresa. Os seus objetivos profissionais eram alinhados com seus objetivos pessoais.

Havia uma rotatividade saudável na hierarquia. Dessa forma ninguém ficava estagnado na mesma função, a menos que quisesse. Pelo contrário, as pessoas assumiam cada vez mais responsabilidades dentro da organização à medida que iam acumulando experiência.

Os chefes eram admirados pelos subordinados. Eram modelos de sucesso. Pessoas inteligentes que conheciam muito bem o funcionamento da empresa e do mercado. Também eram fábricas de novos talentos. Habilidosos no processo de treinar e desenvolver pessoas, ajudando-as a alcançarem excelentes resultados para a empresa e para suas próprias vidas.

Havia cumplicidade e parceria entre as diferentes áreas. Apesar dos conflitos naturais e saudáveis que havia entre elas, uma ajudava a outra a cumprir suas metas. Entendiam que o resultado de uma área contribuía para o resultado de toda a organização.  Cada funcionário colocava os interesses da empresa e do grupo acima dos seus próprios interesses, possibilitando a formação de equipes de alta performance. 

O ambiente de trabalho era seguro, limpo e organizado. As ferramentas de trabalho mais modernas eram oferecidas aos funcionários de forma a agregar valor e agilidade às tarefas. Os processos e os sistemas eram simples e úteis. Todos os compreendiam. Eles ajudavam a manter a excelência da organização.


Finalmente, as demissões eram entendidas como o fim de um processo de parceria em que a empresa e o funcionário contribuíram para o desenvolvimento de ambos. Se a empresa tivesse que despedir ela informava claramente os motivos da demissão e ajudava o funcionário a encontrar um novo emprego. Ela pagava uma consultoria para sua recolocação no mercado de trabalho. Da mesma forma, se o funcionário tivesse pedisse demissão, ele informava a empresa antecipadamente para que ela pudesse se preparar. Porém esse processo não era traumático, pois o funcionário indicava para o seu lugar quem ele treinou enquanto estava empregado. 

sábado, 23 de maio de 2015

"Hoje eu sei só a mudança é permanente"


Guilherme era um pacato funcionário de uma grande empresa multinacional.  Trabalhava há quatro anos na mesma área. Era casado, possuía casa própria, projetos de construir uma casa maior e tinha planos de ter filhos em breve. Enfim, sua rotina era estável e bem definida. Mas nem sempre foi assim. 

Acostumado a grandes mudanças, morou em dez cidades diferentes sendo três delas em outros países. Saiu cedo de casa para estudar na Universidade. Os encontros e as despedidas eram constantes na sua vida. Atualmente se lembrava desse passado distante com alegria enquanto aproveitava a previsibilidade que a sua rotina lhe trazia.

Entretanto, por um golpe do destino, se encontrava novamente nas águas revoltas dos mares da mudança. Talvez a vida quisesse lembra-lo de que “só a mudança é permanente”.

Apesar da sua estabilidade, ainda transmitia para as pessoas, mesmo que inconscientemente, um discurso aberto à mudança e carregava estampado na sua imagem, por meio das suas historias, o perfil de alguém disposto a empreender novos desafios. Por isso, foi escalado para trabalhar em um projeto ambicioso em outra área com duração de mais de um ano.

Fez um bom trabalho, muitos contatos, acumulou uma experiência extraordinária nos campos prático e teórico, aumentou sua capacidade de resiliência e de lidar com grandes responsabilidades. Como consequência foi convidado para uma vaga nessa nova área.

Alegrou-se no início, pois seria uma oportunidade de mudar e crescer na carreira, visto que não via mais condições de progredir onde estava. Motivava-lhe também a possibilidade de liberar espaço para que seus companheiros de trabalho mais novos avançassem nas suas carreiras com a sua saída. É importante manter pessoas experientes. São os guardiões dos históricos dos erros e dos acertos. Com isso os mais novos não perdem tempo reinventar a roda e a empresa mantém sua excelência. Porém, deve haver também espaço para a rotatividade. Ela motiva as pessoas criando uma condição para o progresso e melhoria das suas condições atuais.

Finalmente, mais um item se somava aos fatores positivos da vaga, lhe permitiria mudar de atividade sem mudar de empresa. Ele leu nessas revistas especializadas em carreira que é ruim para a imagem do profissional ficar no mesmo emprego por mais de 5 anos. Passa a impressão de acomodação. Porém, para quem quer construir uma carreira sólida e não quer pular de galho em galho, mudar de setor dentro da mesma empresa é suficiente para afastar a imagem de acomodação.
O que Guilherme não contava era que a vaga seria para outra cidade. A alguns quilômetros de distância de onde morava com sua esposa e de onde tinha planos de construir raízes. Recusou e tentou voltar para sua antiga área. Porém como em um xeque-mate da vida real, ela foi tomada por uma crise sem precedentes.  Não havia mais espaço para ele lá. Seu antigo chefe lhe aconselhou a aceitar a nova vaga.


A partir de agora estará então de volta ao circuito, estrada, rodoviária, encontros e despedidas que ele tanto conhecia. Mas ele já não é mais o mesmo. A forma como atuará nesse ambiente será outra. Procurará um equilibro entre a adrenalina e a necessidade da mudança e a caretice e a escolha da estabilidade.